quarta-feira, 7 de julho de 2010

Presidente da CBF se irrita com Scolari, ainda o favorito para a seleção (Danuza Peixoto)

EDUARDO ARRUDA

SÉRGIO RANGEL

ENVIADOS A JOHANNESBURGO



Com a CBF sem opção no mercado, Luiz Felipe Scolari é o favorito para suceder Dunga. Mas o técnico contrariou o presidente Ricardo Teixeira nos últimos dias.



Na África, Teixeira reclamou com conselheiros do Palmeiras da precipitação do treinador em assinar contrato por dois anos com o clube.



O dirigente da CBF já avisou que quer exclusividade do técnico campeão mundial em 2002 a partir de agosto.



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Fora o acordo com o Palmeiras, o dirigente mostrou certa mágoa com o treinador. Ele contou que foi esnobado duas vezes por Scolari e adiantou que não quer ouvir outro não do técnico.



Por isso, Teixeira só vai formalizar a proposta se ouvir declarações públicas de Scolari, nas quais ele diga querer trabalhar na seleção. Até agora, isso não ocorreu.



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O presidente da CBF ainda não digeriu as duas recusas de Scolari. A primeira foi depois de a seleção conquistar a Copa de 2002, quando a confederação quis renovar o seu contrato, mas o treinador preferiu comandar Portugal.



A outra resposta negativa do técnico que desagradou a Teixeira foi dada depois da eliminação do Brasil no Mundial de 2006. Por telefone, Teixeira o convidou para suceder Carlos Alberto Parreira. Scolari disse não.



Posteriormente, Dunga, sem experiência alguma na prancheta, foi escolhido.



Além das recusas prévias e do acordo com o Palmeiras, o salário de Scolari também o afasta da seleção nacional.



Teixeira já descartou a possibilidade de empatar o salário pago pelo Palmeiras (cerca de R$ 700 mil mensais). Dunga recebia aproximadamente R$ 350 mil/mês.

O dirigente quer acertar até o final do mês a contratação do novo técnico porque, em agosto, a seleção já vai ter um amistoso contra os EUA, em Nova Jersey

sábado, 3 de julho de 2010

Alemanha faz 4, humilha Argentina e elimina Maradona (Danuza Peixoto)

Klose marcou seu 14º gol na história das Copas; com mais um, igualará recordista Ronaldo







Fábio de Mello Castanho

Tarian Chaud

Direto da Cidade do Cabo



Assim como aconteceu em 2006, a Alemanha eliminou a Argentina nas quartas de final da Copa do Mundo. Desta vez, no entanto, os alemães não precisaram dos pênaltis. Com uma arrasadora vitória por 4 a 0, neste sábado, no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo, a equipe europeia arrancou gritos de "olé" dos torcedores, despachou o time de Maradona e garantiu vaga nas semifinais pela terceira vez seguida em Mundiais.





Os gols da classificação foram marcados por Müller, Klose (dois) e Friedrich. Em vantagem desde os 3min de jogo, a jovem equipe da Alemanha demonstrou muita tranquilidade durante toda a partida e ainda criou boas chances para aumentar a diferença.



Travado pela defesa alemã, o poderoso ataque da Argentina pouco conseguiu criar. Vigiado de perto pelos adversários, Messi não repetiu as boas atuações das partidas anteriores. Apesar de pressionar em alguns momentos - e do apoio incondicional dos fanáticos torcedores - o time argentino pecou nas finalizações e não foi capaz de reverter o placar.



Na semifinal, a Alemanha encara o vencedor do duelo entre Paraguai e Espanha, que acontece neste sábado, às 15h30 (de Brasília), em Johannesburgo. Do outro lado da chave, Holanda e Uruguai disputam um lugar na decisão.



O jogo



Satisfeitos com o desempenho apresentado nas oitavas de final contra México e Inglaterra, os técnicos Diego Maradona e Joachim Löw não mexeram em seus 11 titulares para o confronto deste sábado.



O primeiro até especulou sacar o criticado Di María para colocar Verón, dando mais segurança ao meio-campo, mas recuou; na zaga, mesmo recuperado de lesão, Samuel seguiu no banco de reservas, enquanto Burdisso e Demichelis formaram a zaga. Assim, ele repetiu uma escalação pela primeira vez na Copa do Mundo.



Já Löw não tinha motivos para mudar e manteve a equipe que vem sendo titular desde a vitória por 1 a 0 sobre Gana - nesse encontro, o lateral esquerdo Boateng ganhou a vaga de Badstuber e não perdeu mais. Poupados em um treino durante a semana, Özil e Podolski foram confirmados.



Em uma blitz, a Alemanha conseguiu abrir o placar já aos 3min. Após cometer uma falta próximo ao bico da grande área no lado direito de sua defesa, Otamendi não subiu na hora do levantamento de Schweinsteiger e deixou Muller livre. O alemão desviou levemente de cabeça e contou com a falha do goleiro Romero, mal posicionado, que viu a bola tocar em seu braço antes de entrar.



Este foi o gol mais rápido do Mundial e deixou o meia do Bayern de Munique na artilharia da competição ao lado do holandês Sneijder, do espanhol Villa, do argentino Higuaín e do eslovaco Vittek, todos com quatro tentos.



Anulado no início da partida, Messi só conseguiu fazer sua primeira boa jogada aos 22min. O lance também foi a primeira grande oportunidade da Argentina, que contou com um passe do astro para Tevez. Já dentro da área, o atacante do Manchester City, porém, viu o goleiro Neuer se antecipar e deixar as traves para ficar com a bola.



Dois minutos depois, a Alemanha poderia ter complicado ainda mais a situação dos comandados de Maradona. Em uma tarde inspirada, Müller avançou pela direita e serviu Klose; apesar da liberdade encontrada perto da marca do pênalti, o centroavante não finalizou bem e tocou por sobre o gol.



Messi apareceu de novo aos 28min, superando a marcação de Boateng e chegando à linha de fundo pela direita; na hora do cruzamento, porém, o pé do meia-atacante não estava calibrado. Passados dois minutos, o atleta do Barcelona teve mais uma oportunidade, desta vez em uma cobrança de falta, mas o chute saiu sem direção.



Melhorando em campo, a Argentina voltou a assustar aos 32min, quando Tevez puxou um contra-ataque rápido e deu uma assistência a Di María; o meia, que àquela altura da partida havia mudado seu posicionamento e estava pela direita do campo, invadiu a área e só falhou na finalização: fraca, não dificultou a defesa do bem colocado Neuer.



O goleiro trabalhou novamente dois minutos depois. Desta vez, ele foi obrigado a cair para agarrar a bola após o chute de Higuaín, que havia sido assistido por Otamendi. Mais dois minutos se passaram e Messi arriscou novamente, aproveitando infração cometida por Müller - o atleta tocou a mão na bola na entrada da área e, de uma forma bastante rigorosa, recebeu cartão amarelo, ficando suspenso para uma eventual semifinal.



Depois da irritação do alemão, Messi cobrou a falta na barreira, mas no rebote um lindo passe de Heinze encontrou Tevez livre na área; o atacante, em impedimento, passou para Higuaín balançar as redes já sem goleiro. Apesar das reclamações dos sul-americanos, o assistente ergueu corretamente a bandeirinha.



Aos 39min, a Alemanha enfim respondeu, em um contra-ataque que sobrou para Podolski soltar uma bomba da intermediária, assustando Romero. O goleiro ficou atento também dois minutos depois, porém Özil finalizou mal, muito por cima das traves, quando estava perto da meia-lua.



Na volta do intervalo, Maradona apostou nos mesmos jogadores e manteve Di María aberto no meio-campo pela direita, com Maxi Rodríguez na esquerda. A nova contratação do Real Madrid quase recompensou o técnico aos 3min do segundo tempo, encaixando um chute forte da intermediária que passou raspando à trave direita de Neuer.



A Alemanha tentou ameaçar pela primeira vez o gol argentino na segunda etapa aos 10min. A cobrança de falta forte de Podolski, no entanto, parou na barreira. Dois minutos depois, o mesmo atleta avançou em contra-ataque pela esquerda e cruzou para Klose; antes do centroavante, Romero deixou o gol e fez a defesa.



Partindo ao ataque, a Argentina cedia muitos espaços na defesa e os europeus encaixaram um novo contragolpe na sequência. Em velocidade, Lahm invadiu a área e cruzou, vendo a bola parar nas mãos do goleiro.



Com o jogo bastante aberto, a seleção alviceleste criou uma nova oportunidade aos 17min, com o chute à longa distância de Tevez sendo agarrado por Neuer. O goleiro parou um novo ataque no lance seguinte, frustrando um arremate fraco de Higuaín, desta vez de dentro da área.



"Donos" da bola a partir da metade do primeiro tempo, os argentinos chegaram a 55% de posse de bola e ameaçaram novamente, agora com Di María, que novamente correu pela direita e cortou para o meio antes de chutar com a perna esquerda. O goleiro alemão defendeu com tranquilidade.



Como vem sendo comum no Mundial, porém, dominar a bola não é sinônimo de vitória. Sempre rápida ao atacar, a Alemanha ampliou o marcador aos 23min. Avançando pela esquerda, Khedira tocou para Müller, que mesmo caído e de costas para o gol, conseguiu encontrar um toque para Podolski. Aproveitando a falha na marcação de Otamendi, o atacante invadiu a área e serviu para Klose, livre na pequena área, balançar as redes.



Imeditamente Maradona procurou agir. Tirou Otamendi, que já havia falhado no primeiro gol, para a entrada do meia Pastore. A substituição, entretanto, desequilibrou ainda mais o time, que sofreu de novo pelo lado direito de sua defesa.



Aos 29min, Schweinsteiger fez fila, passando pelas frágeis marcações de Pastore e Higuaín, invadindo a área até tocar para trás, encontrando Friedrich tranquilo para empurrar a bola às redes.



Totalmente desorganizada, a Argentina cedeu mais um gol aos 44min. Sempre pelo lado esquerdo de seu ataque, Podolski avançou com liberdade até o cruzamento para Klose, que marcou pela 14ª vez na história das Copas do Mundo. Com mais um, o atacante igualará o recordista Ronaldo. Na África do Sul, o jogador do Bayern de Munique já se igualou aos artilheiros, também com um total de quatro gols.



FICHA TÉCNICA



Argentina 0 x 4 Alemanha



Gols

Alemanha: Müller, aos 3min do primeiro tempo; Klose, aos 23min do segundo tempo; Friedrich, aos 29min do segundo tempo; e Klose, aos 44min do segundo tempo



Ponto Forte da Argentina

Lionel Messi, jogador mais perigoso da equipe que, apesar dos sete chutes contra as traves defendidas por Neuer, deixou o Mundial sem marcar gols



Ponto Forte da Alemanha

Contra-ataque rápido, novamente decisivo para construir uma goleada na Copa do Mundo



Ponto Fraco da Argentina

Lado direito da defesa, por onde saíram todos os quatro gols alemães



Ponto Fraco da Alemanha

Recuou demais a equipe no início do segundo tempo, quando permitiu o domínio da posse de bola à Argentina, que chegou a ficar perto do empate



Personagem do jogo

Thomas Müller, que marcou seu quarto gol na Copa do Mundo e, mesmo caído, conseguiu lindo passe decisivo para o tento de Klose. Porém, o meia levou um cartão amarelo e não poderá jogar a semifinal, contra Espanha ou Paraguai



Esquema Tático da Argentina

4-1-3-2

Romero; Otamendi (Pastore), Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano; Maxi Rodríguez, Messi e Di María (Agüero); Tevez e Higuaín. Técnico: Diego Maradona



Esquema Tático da Alemanha

4-2-3-1

Neuer; Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng (Jansen); Khedira e Schweinsteiger; Müller (Trochowski), Özil e Podolski; Klose.Técnico: Joachim Löw



Cartões amarelos

Argentina: Otamendi e Mascherano

Alemanha: Müller



Árbitro

Ravshan Irmatov (Uzbequistão)



Local

Estádio Green Point, na Cidade do Cabo

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.