Eduardo Di Baia/AP

Campeão da Copa América, da Copa das Confederações e o primeiro sul-americano garantido na competição internacional...

Alejandro Pagni/AFP
...o time de Dunga assume sua boa condição, mas impõe limites para mostrar que aprendeu a lidar com favoritismo...

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...em boa fase e respaldado por títulos, o técnico Dunga não mostrou preocupação com o favoritismo e a crescente expectativa
Alexandre Sinato
Em Rosario (Argentina)
Poucos minutos depois de assegurar a vaga na Copa do Mundo de 2010, a seleção brasileira já começou a lidar com uma nova pressão: o favoritismo na África do Sul.
Eduardo Di Baia/AP
O próximo Mundial começará em menos de dez meses. Até lá, o Brasil precisará mostrar que aprendeu a lidar com o rótulo de favorito. O grande teste será justamente na Copa. Por isso, calma virou a palavra de ordem entre os jogadores.
"Vamos devagar, queremos evitar essa euforia. O Brasil vai chegar mais uma vez na Copa como um dos candidatos, mas vamos devagar. A melhor seleção do mundo só será conhecida em 2010, depois da Copa", argumentou Kaká, um dos destaques do time.
Para ele, o segredo para amenizar os efeitos do favoritismo é justamente ignorá-lo. "Precisamos aprender a viver com uma situação como essa. Não podemos deixar o favoritismo se tornar uma coisa negativa como era antes. Seremos um dos favoritos à Copa, mas devemos saber lidar com isso."
O discurso de Luís Fabiano parecia estar ensaiado com o de Kaká. O camisa 9 não fugiu do rótulo de forte candidato ao título na África do Sul, mas fez uma ressalva: ainda é cedo para falar no Brasil como o melhor time do mundo.
"Para ser a melhor seleção do mundo é preciso ganhar a Copa. O Brasil com certeza é respeitado por todos e sempre entra como favorito, mas só podemos carimbar esse número 1 se ganharmos o Mundial", opinou o camisa 9.
Em boa fase e respaldado por títulos e bons resultados, Dunga não mostrou preocupação com o favoritismo e a crescente expectativa. Preferiu apostar suas fichas no grupo que ele formou há pouco mais de três anos e, segundo ele, aprendeu a se portar.
"Sabemos que agora teremos novas cobranças, mas essa equipe está muito madura. Os jogadores sabem o que querem, temos um sentimento muito bom no grupo. Não preciso me preocupar muito, eles próprios se chamam para conversar, sempre há uma troca muito boa entre comissão técnica e jogadores", sustentou o treinador.