sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Inflação oficial acelera e fica em 0,25% em agosto, diz IBGE

Em julho, o IPCA foi de 0,01%, menor taxa desde 2010.
No acumulado de 12 meses, índice fica em 6,51%, acima do teto da meta.

Marcelo Elizardo Do G1 em Rio
IPCA no acumulado em 12 meses
Variação em %
5,865,845,775,915,595,686,156,286,376,526,56,51Set/2013Out/2013Nov/2013Dez/2014Jan/2014Fev/2014Mar/2014Abr/2014Mai/2014Jun/2014Jul/2014Ago/201402,557,5
Fonte: IBGE
A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou para 0,25% em agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, ela havia ficado em 0,01%, a menor taxa desde 2010.
"Em média, a gente pode dizer que os preços ficaram estáveis", diz Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE. "Os alimentos continuaram caindo. E a maior alta ficou em habitação. Transportes foram as principais despesas responsáveis pelo índice do mês."
No acumulado de 12 meses até agosto, houve alta de 6,51%. O resultado é pouco acima do teto da meta da inflação, que é de 6,5%. Mas, para o Banco Central, ela só é descumprida com base no acumulado em 12 meses até dezembro de cada ano. Na parcial de janeiro a agosto deste ano, o IPCA acumula 4,02%.
A meta central é 4,5%, mas há tolerância de dois pontos percentuais, e a inflação pode ficar entre 2,5% e 6,5% no fechamento do ano (entre janeiro e dezembro). Os limites valem para 2014, 2015 e 2016.
Reajuste na conta de luz pesa
Analisando os grupos de despesas que integram o cálculo do IPCA, o de habitação foi o mais elevado em agosto, com 0,94% de alta nos preços.
Isso ocorreu, sobretudo, em função de reajustes na conta de luz em Belém, Vitória, São Paulo e Brasília. Também houve alta em Goiânia e Campo Grande, devido ao aumento de tributos. Assim, os preços da energia elétrica subiram 1,76% em relação a agosto.
Água e esgoto aumentaram 1,46%, também devido a reajustes que começaram a valer no mês passado. Em São Paulo, a alta de 3,24% levou em conta a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.
Ainda em habitação, o IBGE destaca as variações em condomínio (1,35%), artigos de limpeza (1,31%), aluguel (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%).
Passagens aéreas sobem
O grupo de transporte foi o que mais acelerou em relação a julho, saindo de uma queda de 0,98% para alta de 0,33%. O principal impacto foi das passagens aéreas, que tiveram aumento de 10,16%, enquanto, em julho, haviam registrado baixa de 26,86%.
Além disso, itens em queda no mês anterior reverteram para alta em agosto, entre eles gasolina (de -0,80% para 0,30%) e automóvel novo (de -0,29% para 0,22%).
Empregado doméstico em alta
No grupo de despesas pessoais, o item empregado doméstico teve alta de 1,26%, com destaque para a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a variação atingiu 3,02%. A seguir, vieram São Paulo (1,29%), Recife (1,02%) e Belo Horizonte (0,91%).
Mesmo com a alta dos empregados, o grupo das despesas pessoais ficou em 0,09%, menor do que a taxa de 0,12% do mês anterior. Segundo o IBGE, isto ocorreu em função, principalmente, da queda de 10,13% nas diárias dos hotéis.
Alimentação em queda
"A maioria das regiões pesquisadas apresentou queda nos alimentos. Isso não é percebido pelas pessoas porque os preços já estavam relativamente altos", diz a coordenadora de índices de preços do IBGE.
Segundo Eulina, os alimentos consumidos em casa caíram mais. As principais quedas foram batata inglesa, tomate, feijão e farinho de trigo, por causa de safra. "Houve aumento de 2,36% na colheita de grãos, foram 193 milhões de toneladas", destaca.
Leite e carne tiveram aumento de preço.
Por capitais
Dentre os índices regionais, as maiores variações na inflação de julho para agosto ocorreram em Belém (0,98%) e Vitória (0,91%). Em ambas as capitais, o impacto maior foi do reajuste da conta de luz. Os menores índices foram os de Campo Grande (-0,07%) e Belo Horizonte (-0,02%).
INPC varia 0,18%
Enquanto o IPCA é referência para as famílias com rendimento até 40 salários mínimos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mede a inflação para as famílias que ganham até cinco salários mínimos. Esse índice ficou em 0,18% em agosto, acima do resultado de 0,13% de julho.
No ano, a taxa está em 4,11% e, em 12 meses, em 6,35%. Em agosto de 2013, o INPC havia sido 0,16%.
No mês passado, os produtos alimentícios apresentaram queda de 0,20%, enquanto os não alimentícios tiveram alta de 0,35%.
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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.