Rodrigo Farah
No Cairo (Egito)
O sonho do pentacampeonato Mundial sub-20 foi adiado mais uma vez. Após uma campanha convincente ao longo do torneio no Egito, o Brasil não manteve a forma na final e acabou derrotado por Gana nos pênaltis, por 4 a 3, depois de um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Melhor para o time africano, que deixou o título pela primeira vez em seu continente após atuar boa parte do jogo com um atleta a menos.
PRINCIPAIS LANCES
PRIMEIRO TEMPO
10min - Giuliano cobra falta da ala esquerda direto para o gol. A bola passa perto, mas sai pela linha de fundo.
21min - Em jogada de contra-ataque, Ganso domina na direita e cruza para a área. Alex Teixeira tenta de voleio, mas manda para fora.
35min - Douglas arrisca chute de fora da área para o gol. Agyei se atrapalha, mas faz a defesa em dois tempos.
37min - Cartão vermelho! Alex Teixeira arma bom contra-ataque pelo meio e sofre falta de Addo. O juiz expulsa o atleta de Gana após o lance.
SEGUNDO TEMPO
12min - Souza se livra da marcação na esquerda e cruza para a pequena área. Alan Kardec cabeceia forte, mas Agyei agarra a bola.
22min - Rafael Tolói arma grande contra-ataque pela esquerda e rola para Alan Kardec. O atacante se livra da marcação e chuta rasteiro, mas manda para fora.
28min - Badu arrisca chute de forte de longa distância. Atento, Rafael faz a defesa.
5min - Defendeu! Após contra-ataque pela esquerda, a bola sobra livre para Maicon. O atacante chuta forte, mas Agyei faz um milagre e salva Gana.
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Melhor durante os 120 minutos da partida, o Brasil abusou dos erros no ataque e não impediu a igualdade após uma série de lances desperdiçados. O goleiro Rafael ainda defendeu duas cobranças na decisão dos pênaltis, mas não foi o suficiente para selar o título no Egito.
"A gente lutou, batalhou até o fim, mas não saiu com a vitória. Dói mais, pois lutamos até o fim e perder nos pênaltis é complicado. Mas não faltou raça ou vontade", lamentou o atacante vascaíno Alex Teixeira, que desperdiçou a última cobrança da seleção brasileira.
Com o resultado, o Brasil também perdeu a chance de ficar a um passo da Argentina no quadro de títulos da competição. O time argentino, que não se classificou para o campeonato no Egito, segue soberano com seis conquistas, duas a mais que a equipe verde-amarela.
A seleção de Gana, por outro lado, satisfez a maioria do Estádio Internacional do Cairo, que deu preferência na torcida à equipe conterrânea. As Estrelas Negras já haviam ficado em segundo lugar outras duas vezes, mas nesta sexta-feira conseguiram, enfim, acabar com o jejum de conquistas do continente na categoria.
A decisão desta sexta-feira reuniu justamente as equipes mais ousadas da competição. Com 14 e 16 gols, respectivamente, Brasil e Gana chegaram à final credenciados por estilos ofensivos e os melhores ataques do torneio. Nesta tarde, porém, a história foi diferente, e a cautela prevaleceu em ambos os lados.
Atenta à boa movimentação de Gana, a seleção brasileira começou a decisão cadenciando o ritmo da partida com controle das ações pelo meio. Já o time africano teve menos posse de bola e encontrou dificuldades para impor seu estilo de jogo.
O TÍTULO FICOU NA ÁFRICA
Aos poucos, as Estrelas Negras começaram a sair mais para o ataque. Contudo, esbarraram na boa marcação verde-amarela e se aproximaram pouco da meta de Rafael.
Até que aos 37min, Alex Teixeira armou bom contra-ataque pelo meio e sofreu falta de Addo. O juiz mostrou diretamente o cartão vermelho para o atleta de Gana, e melhorou a situação para o Brasil pouco antes do intervalo.
A etapa complementar começou com domínio do Brasil. A equipe de Rogério Lourenço explorava bem os espaços cedidos no meio-campo, mas ainda assim pecava no toque final antes da finalização.
Aos 18min, Lourenço promoveu a entrada de Douglas Costa no lugar de Paulo Henrique Ganso. E 12 minutos depois, colocou Maicon na vaga de Renan. As mudanças deixaram a seleção mais ofensiva, enquanto Gana se limitava aos contra-ataques. No fim, o time africano segurou os avanços rivais e manteve o placar inalterado até a prorrogação.
A equipe sul-americana voltou para o tempo extra com a mesma postura. Logo aos 5min, a seleção perdeu uma chance incrível com Maicon e manteve a pressão na sequência. Entretanto, nada disso foi suficiente para evitar o 0 a 0 após 120 minutos de jogo.
ANÁLISE DE JUCA KFOURI
Juca
Gana gan(h)ou o Mundual sub-20 no Egito!
BLOG DO JUCA KFOURI
Alan Kardec se encarregou do primeiro pênalti e converteu, assim como Andre Ayew em seguida. Giuliano voltou a colocar o Brasil na frente, mas viu Inkoom empatar e Douglas Costa fazer o terceiro da seleção. Até que Rafael defendeu a cobrança de Mensah, assim como Agyei fez com o chute de Souza.
Depois disso, Rafael voltou a brilhar e pegou o pênalti de Addae. Em seguida, Maicon só precisava marcar para selar o título, mas mandou por cima do gol. Adiyiah empatou as cobranças, e Alex Teixeira desperdiçou. Com isso, Agyemang-Badu fez o último e garantiu o título de Gana.
GANA 0 (4) X (3) 0 BRASIL
Data: 16/10/2009 (sexta-feira)
Local: Estádio Internacional do Cairo, no Cairo (Egito)
Árbitro: Frank De Bleeckere (Bélgica)
Auxiliares: Peter Hermans e Walter Vromans (ambos da Bélgica)
Cartões amarelos: Alex Teixeira, Douglas, Souza (BRA);
Cartão vermelho: Addo (GAN)
Gols nos pênaltis: Alan Kardec, Giuliano, Douglas Costa (BRA); Ayew, Inkoom, Adiyiah e Agyemang-Badu (GAN)
GANA
Agyei; Inkoom, Mensah, Addo e Addy; Agyemang-Badu, Quansah (Agyemang), Rabiu (Addae) e Ayew; Osei (Kassenu) e Dominc Adiyiah
Técnico: Sellas Tetteh
BRASIL
Rafael; Douglas (Wellington Júnior), Dalton, Rafael Tolói e Diogo; Renan (Maicon), Souza, Giuliano, Paulo Henrique Ganso (Douglas Costa) e Alex Teixeira; Alan Kardec
Técnico: Rogério Lourenço
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Quem sou eu
- Blog do Paim
- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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