Ganso teve noite de Pelé com a camisa do Santos e ajudou a equipe a conquistar o Tri da Libertadores
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Foto: Léo Pinheiro/Terra
1962. O Santos chegava à decisão da Libertadores contra o tradicional Peñarol-URU, com fama de equipe encardida dentro de casa. Para desespero brasileiro, o time alvinegro não contava com seu camisa 10, Pelé, que se recuperava de lesão. Contudo, felizmente, ele ficou pronto a tempo de disputar o último jogo das finais e virou protagonista do título. 2011. A história se repete, com o mesmo enredo. Só o personagem principal é outro: Paulo Henrique Ganso.
"Todos os jogadores foram lutadores e são merecedores desse título. Eles honraram sempre a camisa do Santos e estamos fazendo história com essa conquista. Espero que eu fique muito tempo aqui ainda para comemorarmos mais muitos títulos. O Mundial está aí agora, vamos ver o que podemos fazer", disse o sempre modesto meio-campista, emocionado após o apito final e conquista do título.
Agora, foi a vez do jovem meia, 21 anos - coincidência ou não, a mesma idade de Pelé na decisão de 62 -, deixar o departamento médico para retornar a tempo de triunfar na partida decisiva da Copa Libertadores. Contra o mesmo Peñarol, Ganso ausentou-se do duelo de ida por lesão, mas dedicou-se e conseguiu atingir sua condição física ideal para entrar no gramado e responsabilizar-se por dar ao Santos um novo troféu continental depois de 48 anos.
Na decisão, ele foi brilhante. O relógio do Pacaembu marcava exato um minuto do segundo tempo quando Paulo Henrique, o camisa 10 de 2011, deu passe genial para Arouca. O volante, livre, viu Neymar ainda mais sozinho e apenas entregou a bola para o atacante marcar o primeiro gol do Santos na partida, tento que abriu o placar e deixou o time alvinegro a 44 minutos de seu terceiro título continental.
Mas Ganso já havia demonstrado ser diferenciado também na etapa inicial. Com dois passes fenomenais para Neymar, duas enfiadas de bola por trás dos zagueiros, o meia quase virou garçom e herói da decisão, não fosse a má sorte do atacante na hora das finalizações. Nas arquibancadas do estádio, durante o intervalo, era unânime que o camisa 10 era o melhor em campo e que trouxe um toque refinado ao meio de campo alvinegro.
Onipresente, Paulo Henrique passou exato um minuto e 21 segundos com a bola nos pés. O suficiente para efetuar quatro dribles, sofrer quatro faltas, trocar 46 passes, um cruzamento, um lançamento e uma virada de bola. Além de pelo menos três "aspirantes a assistências" que por pouco não mudaram os rumos da finalíssima.
Seguido de perto pelos gigantes europeus, como Milan-ITA e Barcelona-ESP, é impossível prever se Ganso continuará na Vila Belmiro para disputar o Mundial, em dezembro, e cravar ainda mais seu nome na história do Santos. Mas, mesmo assim, já valeu a pena saber que a folclórica camisa 10 alvinegra teve, enfim, um legítimo e merecedor dono de novo. Nunca antes nos últimos 48 anos ela coube tão bem em alguém.
Veja números de Ganso na final, de acordo com o Footstats:
Finalizações: nenhuma
Dribles: 4
Passes: 46
Cruzamentos: 1
Lançamentos: 1
Bolas perdidas: 5
Posse de bola: 1min21seg
Faltas: 4
Viradas de jogo: 1
"Todos os jogadores foram lutadores e são merecedores desse título. Eles honraram sempre a camisa do Santos e estamos fazendo história com essa conquista. Espero que eu fique muito tempo aqui ainda para comemorarmos mais muitos títulos. O Mundial está aí agora, vamos ver o que podemos fazer", disse o sempre modesto meio-campista, emocionado após o apito final e conquista do título.
Agora, foi a vez do jovem meia, 21 anos - coincidência ou não, a mesma idade de Pelé na decisão de 62 -, deixar o departamento médico para retornar a tempo de triunfar na partida decisiva da Copa Libertadores. Contra o mesmo Peñarol, Ganso ausentou-se do duelo de ida por lesão, mas dedicou-se e conseguiu atingir sua condição física ideal para entrar no gramado e responsabilizar-se por dar ao Santos um novo troféu continental depois de 48 anos.
Na decisão, ele foi brilhante. O relógio do Pacaembu marcava exato um minuto do segundo tempo quando Paulo Henrique, o camisa 10 de 2011, deu passe genial para Arouca. O volante, livre, viu Neymar ainda mais sozinho e apenas entregou a bola para o atacante marcar o primeiro gol do Santos na partida, tento que abriu o placar e deixou o time alvinegro a 44 minutos de seu terceiro título continental.
Mas Ganso já havia demonstrado ser diferenciado também na etapa inicial. Com dois passes fenomenais para Neymar, duas enfiadas de bola por trás dos zagueiros, o meia quase virou garçom e herói da decisão, não fosse a má sorte do atacante na hora das finalizações. Nas arquibancadas do estádio, durante o intervalo, era unânime que o camisa 10 era o melhor em campo e que trouxe um toque refinado ao meio de campo alvinegro.
Onipresente, Paulo Henrique passou exato um minuto e 21 segundos com a bola nos pés. O suficiente para efetuar quatro dribles, sofrer quatro faltas, trocar 46 passes, um cruzamento, um lançamento e uma virada de bola. Além de pelo menos três "aspirantes a assistências" que por pouco não mudaram os rumos da finalíssima.
Seguido de perto pelos gigantes europeus, como Milan-ITA e Barcelona-ESP, é impossível prever se Ganso continuará na Vila Belmiro para disputar o Mundial, em dezembro, e cravar ainda mais seu nome na história do Santos. Mas, mesmo assim, já valeu a pena saber que a folclórica camisa 10 alvinegra teve, enfim, um legítimo e merecedor dono de novo. Nunca antes nos últimos 48 anos ela coube tão bem em alguém.
Veja números de Ganso na final, de acordo com o Footstats:
Finalizações: nenhuma
Dribles: 4
Passes: 46
Cruzamentos: 1
Lançamentos: 1
Bolas perdidas: 5
Posse de bola: 1min21seg
Faltas: 4
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