segunda-feira, 29 de junho de 2020



Covid-19: quais os impactos do frio durante uma pandemia de coronavírus? 


A chegada em MS de frentes frias que derrubarão as temperaturas acende mais um alerta em tempos de combate à pandemia do novo coronavírus. 


Mas quais os riscos que baixas temperaturas trazem em um momento de circulação de um novo vírus respiratório? 



Dados do Centro de Medicina Baseada em Evidências, criado e coordenado pela Universidade de Oxford, sugerem que condições de frio e seco - típicas do inverno - podem facilitar a disseminação do novo coronavírus (2019-nCoV). 



Evidências emergentes indicam que as condições climáticas podem influenciar a transmissão da Covid-19, com condições frias e secas sendo favoráveis ao aumento da disseminação. 



Esse fenômeno, segundo os estudos preliminares, pode ser explicado através de dois mecanismos: 



1) - a estabilidade do vírus e o efeito do clima no hospedeiro. 



Uma dessas análises correlacionou casos com temperatura média e explorou o efeito da temperatura na transmissão em 429 cidades, principalmente chinesas. 



Os cientistas descobriram que, para cada aumento de 1℃ na temperatura mínima, havia uma redução no número acumulado de casos em 0,86. Apesar de recentes, os estudos apontam que o vírus 2019-nCoV possui uma preferência por condições frescas e secas, tornando-se mais estável, e consequentemente mais “forte”, em temperaturas mais amenas. 


2) - EFEITO DO CLIMA EM NÓS 


Já o segundo aspecto, os efeitos das baixas temperaturas no corpo humano, o coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, Raphael Einsfeld, explica que uma frente fria funciona como um desarranjo em nosso sistema imunológico. 



“Quando nossa temperatura do corpo cai em função da temperatura externa, o nosso metabolismo diminui em algumas áreas, entre elas as vias aéreas. 



A diminuição no metabolismo dificulta que as células de defesa atuem localmente, provocando uma pré-disposição a infecções. 


Por isso que junto com o frio vem outras epidemias de viroses”, pontua Einsfeld. 



A “guarda baixa” em nosso sistema de defesa durante o inverno é também um dos motivos do Ministério da Saúde ter antecipado a campanha nacional de vacinação contra a gripe. 



A justificativa da pasta é que vacinar contra a gripe faz com que haja uma diminuição procura por atendimento médico e internações e de pessoas que tenham sido infectadas pelo vírus Influenza, além de facilitar no próprio diagnóstico da Covid-19, já que as duas doenças possuem sintomas similares. 


Embora climas mais quentes possam retardar a propagação do novo coronavírus, depender apenas de mudanças climáticas para retardar a transmissão da Covid-19 pode não ser suficiente. 



Por isso, Einsfeld elencou para o Yahoo Notícias quatro cuidados básicos que podem ser tomados para evitar uma queda na imunidade durante o inverno: 



Aumentar a hidratação do corpo ingerindo líquidos, já que as frentes frias diminuem as chuvas e umidade 



Usar cremes hidratantes também pode auxiliar a manter a umidade da pele Manter os ambientes abertos, frescos e arejados para que o ar circule e se renove 



Agasalhar-se bem antes de sair de casa para proteger áreas expostas do corpo. 



João Conrado Kneipp


Yahoo Notícias14 de abril de 2020

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.