quarta-feira, 19 de agosto de 2020

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Coronavírus: por que a OMS diz que a pandemia está mudando e os jovens são responsáveis por isso? 



Pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos que são assintomáticas agora representam o maior risco para as populações mais vulneráveis ​​à covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde. 


Redação - BBC News Mundo 



 "A pandemia está mudando", afirmou Takeshi Kasai, diretor regional para o Pacífico Ocidental da Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira. 




"E as pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos agora estão conduzindo a propagação com mais frequência. 



Muitos deles não sabem que estão infectados", disse. 



Esta população de jovens que não apresenta sintomas da infecção, afirma a OMS, é agora o maior risco para os grupos mais vulneráveis, como os idosos. 



As declarações de Kasai chegam em um momento em que as infecções por covid-19 em todo o mundo já ultrapassaram 21,9 milhões, com mais de 770 mil mortes. 



 Segundo a OMS, a proporção de infecções em jovens aumentou em todo o mundo e talvez isso possa explicar por que vários países que já haviam ultrapassado as curvas de infecção mais altas tiveram um ressurgimento do número de casos positivos. 



Durante uma coletiva de imprensa por videoconferência, Kasai disse que "muitos (jovens) não sabem que estão infectados, porque têm sintomas muito leves ou nenhum sintoma. 



E isso pode resultar na transmissão inconsciente do vírus para outras pessoas". 



Jovens estão transmitindo coronavírus para osmais vulneráveis, como idosos 



"Isso aumenta o risco de propagação para os mais vulneráveis: os idosos, os doentes que requerem cuidados de longa duração, as pessoas que vivem em áreas urbanas densamente povoadas e áreas rurais com menos recursos." 





OUVINTES



O aumento de novos casos em países que pareciam ter o vírus sob controle, como Espanha, França, Austrália e Vietnã, levou as autoridades a impor novas restrições. O Vietnã relatou um aumento nos casos da infecção após três meses sem transmissão doméstica, antes alcançados graças a uma campanha agressiva de mitigação do vírus. 



"O que estamos vendo não é simplesmente um ressurgimento", disse Kasai, referindo-se à região da Ásia-Pacífico. 



"Acreditamos que seja um sinal de que entramos em uma nova fase de pandemia" na região. 



Ele indicou que a melhor maneira de evitar uma alteração nas vidas e economias dos países era com uma combinação de detecção precoce do vírus e controle de resposta para gerenciar infecções. 



A Alemanha é um dos países que têm registrado um grande aumento nas infecções por coronavírus 



Isolar e tratar 



O diretor regional da OMS disse ainda que os sistemas de saúde devem ser fortalecidos para "identificar os casos, isolar e tratá-los, rastrear e colocar em quarentena aqueles que tiveram contato com os infectados". 



"Devemos redobrar nossos esforços para evitar que o vírus se espalhe para comunidades vulneráveis", disse Kasai. 



O diretor da entidade pediu aos jovens que façam a sua parte e tomem precauções para evitar a propagação da infecção. Indicou que foram observadas mutações do vírus, mas que a OMS considera que este continua "relativamente estável". 



E Kasai disse que várias lições foram aprendidas até agora com a pandemia, incluindo a importância de ter a capacidade de saúde pública para responder e investir na pesquisa de doenças emergentes. 



"Devemos continuar a aprender e ajustar nossa resposta a este novo normal porque a covid-19 provavelmente continuará conosco em um futuro próximo", observou Kasai. 



"O resultado depende de cada um de nós. 



Se tomarmos a decisão certa todos os dias, possivelmente sairemos mais seguros e fortes", acrescentou. 



OUVINTES



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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.