segunda-feira, 11 de maio de 2020



Em maio “assustador”, média é de 10 casos de coronavírus por dia em MS 


“Gostaríamos que continuasse o Estado mais seguro, mas rapidamente deve perder essa posição”, diz especialista 



Por Aline dos Santos 



A transmissão do novo coronavírus acelerou nos últimos quatro dias no Estado. 



A curva do gráfico que mostra os novos casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul traz uma subida íngreme nos últimos quatro dias e traduz uma realidade também expressa em números: a covid-19 avança no Estado e, neste mês de maio, já tem média de 10 casos por dia. 



De acordo com a infectologista Mariana Croda, da Faculdade de Medicina da UFMS (Universidade Federal de MS) e do comitê de operações de emergência do Estado, no mês de março, quando a doença chegou a Mato Grosso do Sul, a média foi de três novos casos ao dia. 



No mês de abril, o número diário dobrou e, a considerar o ritmo de novos casos confirmados até hoje, o Estado deve perder o título de unidade da federação com menos casos da doença. 




“Maio já teve número assustador. As pessoas já não aderem mais às medidas restritivas como foi no início. 



A gente ganhou tempo, montando estrutura de leitos nos hospitais. 



Mas gostaríamos que a história fosse diferente, que Mato Grosso do Sul continuasse o Estado mais seguro, mas rapidamente deve perder essa posição”, afirma. 



A análise é de que poucos casos fizeram com que as pessoas se sentissem seguras. 



“Os números se tornaram banais. 



E as pessoas que podem esperar uma vacina ou tratamento em isolamento estão correndo risco desnecessário”,  enfatiza a especialista. 



O vírus também começa a trilhar em MS o mesmo caminho que percorreu em outras cidades brasileiras.



 Os primeiros casos começaram na classe média e alta, que têm acesso a plano de saúde, e agora, começa a ter mais pacientes no SUS (Sistema Único de Saúde). 



Dos 362 casos confirmados de coronavírus, 104 são destes dez primeiros dias de maio. 



As estatísticas mostram que 201 pessoas se recuperaram, 128 seguem em isolamento domiciliar e a doença matou 11, perfazendo taxa de letalidade de 3%. 



Outros 22 pacientes estão internados, sendo sete em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). 



Quatro pessoas estão em leitos intensivos do SUS e três na rede privada (um internado em São Paulo). 



A situação mais preocupante é nas pequenas cidades, como Guia Lopes da Laguna, com taxa de incidência de 262,8 por 100 mil habitantes, seguida por Brasilândia (101,1) e Sonora (67,4). 

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.