quinta-feira, 7 de maio de 2020

País tem recorde de óbitos por Covid-19 e Teich já admite lockdown 




Nas últimas 24h, foram 615 vítimas fatais 




Minsitro admitiu preocupação com situação do país 





O Brasil registrou 615 mortes decorrentes do novo coronavírus em 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira.



 

É o segundo recorde consecutivo de óbitos. 




Além disso, com um discurso bem mais cauteloso sobre o cenário de contaminação, o ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu, pela primeira vez, que a adoção de medidas de fechamento total (lockdown) de cidades, com manutenção apenas de serviços essenciais, deve ser adotada no País em determinados casos. 




Em dois dias, as mortes chegaram a 1.215.





 O total oficial de vítimas do novo coronavírus no Brasil subiu ontem de 7.921 para 8.536, conforme balanço do início da noite. 





Mais cedo, Teich falou sobre a possibilidade de até ampliar o isolamento. 




Ainda ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a disseminação da doença estaria em queda e as pessoas tinham de voltar ao trabalho, como chancela os atos de governadores e prefeitos que já aderiram ao fechamento total em cidades como Belém (que adotará a restrição a partir de hoje), São Luís e Fortaleza, entre outras





No Amazonas, o Ministério Público Estadual pediu na Justiça medida semelhante. 



"Se você tiver uma situação onde você tem uma alta incidência da doença, uma infraestrutura baixa e vê a doença crescendo, vai buscar um distanciamento cada vez maior. Isso é o extremo da gravidade da situação", disse o ministro. 



Teich reafirmou que cada local deve adotar a estratégia que for necessária e não medidas generalizadas. 




"O lockdown vai ser importante nos lugares onde estiver muito difícil, com alta incidência, alta ocupação de leitos, muitos pacientes chegando, infraestrutura que não conseguiu se adaptar. 




Aí você vai ter uma situação que realmente vai ter de proteger as pessoas." 



O ministro chamou a atenção para a necessidade de estabelecer regras que garantam que os serviços essenciais não parem, como saúde e alimentação. 




"Vai ter lugar em que o lockdown é necessário? 




Vai ter lugar em que eu vou poder pensar em flexibilização? 




Vai. 




O que preciso é que a gente pare de tratar disso de forma radical." 

Teich disse que o ministério já concluiu sua "diretriz" para auxiliar municípios em tomada de decisão. 




Trata-se, na prática, de um modelo matemático com cinco níveis de situação, para que os gestores avaliem itens como incidência da doença, infraestrutura disponível, disponibilidade de recursos, ocupação de leitos, entre outros, para que se adotem medidas restritivas ou não e de isolamento. 



Rio de Janeiro 




O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) recebeu ontem um relatório da Fiocruz defendendo a adoção urgente de medidas rígidas de isolamento social no âmbito territorial do Estado. 




Embasado por um estudo, o posicionamento da instituição científica foi encaminhado ao governador Wilson Witzel (PSC), e ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) para que se manifestem no prazo de 24 horas.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.