domingo, 19 de abril de 2020

Falta de testes é desafio para ministro; 5 especialistas avaliam mudança na Saúde 


Roberta Jansen, colaborou Giovana Girardi Rio


A escassez de testes de diagnóstico e insumos para a covid-19 em todo o mundo é o maior desafio para a gestão do novo ministro da Saúde, 


Nelson Teich, na opinião de especialistas ouvidos pelo Estado. 



A testagem em massa da população foi a estratégia apresentada pelo oncologista para obter mais informações sobre a epidemia e ter subsídios para traçar um plano alternativo ao isolamento horizontal atualmente em prática no País.



 A ideia de um programa de testes foi lançada na primeira manifestação de Teich após ser apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, como o substituto do ex-ministro, Luiz Henrique Mandetta. 



Ontem, ao tomar posse, Teich afirmou que a atuação do Ministério da Saúde será focada nas pessoas e que os mais pobres sofrerão com maior intensidade os efeitos da pandemia do coronavírus.


Especialistas concordam que testagem em massa, como vem sendo realizada na Coreia do Sul, por exemplo, seria ideal, mas ressaltam as limitações para que essa medida seja colocada em prática. Entre os desafios, estão obter kits de qualidade e traçar uma estratégia para realizar os exames. Para eles, o distanciamento social, medida que vem sendo criticada por Bolsonaro e que colocou o presidente em rota de colisão com Mandetta, é a única disponível neste momento para conter um crescimento exponencial do número de casos e o colapso do sistema de saúde. O próprio Teich disse que, por enquanto, não haverá nenhuma mudança brusca. 



Cinco perspectivas "Exames foram aprovados a toque de caixa" Sergio Cimerman, infectologista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo O médico infectologista e colunista do Estado Sergio Cimerman destaca que a falta de experiência no Sistema Único de Saúde (SUS) do novo ministro Nelson Teich, vindo da iniciativa privada, pode ser contornada com a formação de boa equipe técnica. 

"Ele tem de tomar atitudes técnicas, médicas, não políticas. 


Manter o isolamento horizontal, fazendo uma reavaliação a cada 15 ou 30 dias, para não haver um colapso no sistema hospitalar", afirma. 


A qualidade dos exames, diz, é um desafio para a testagem em massa. 



 "O problema desses testes, no mundo todo, é que foram aprovados a toque de caixa, emergencialmente, não têm validação, nenhum teste tem validação. 


A sensibilidade é baixa. Um teste adequado deve ter sensibilidade acima de 90% e esses não chegam a 90%.


" Segundo ele, porém, a testagem é uma boa solução, já que há subnotificação de casos no País. "Com a testagem, vamos saber o perfil epidemiológico do Brasil e o número real", diz. "Mas é impossível testar 212 milhões de pessoas, é um país continental, tem município onde nem se consegue chegar.


 A ideia é começar por profissionais de saúde.


" "Investir em pesquisa é o . 

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.