segunda-feira, 27 de abril de 2020

Pantanal em luto: aos 101 anos, morre o mestre cururueiro Agripino Magalhães Artesão enfrentava problemas de saúde e morreu em casa; Seo Agripino foi um dos principais defensores da Viola de Cocho Humberto Marques Em 15h04 - 26/04/2020 Agripino Magalhães, mestre cururueiro, Corumbá, 101 anos, morreu em casa, problemas de saúde, Viola de Cocho, Patrimônio Imaterial Agripino Magalhães é reconhecido como um dos principais defensores da Viola de Cocho. (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense/Arquivo) A Cultura Pantaneira está de luto neste domingo (26), com a morte do mestre curureiro Agripino Magalhães, aos 101 anos. Por conta da idade avançada, ele vinha apresentado problemas de saúde e faleceu em casa, segundo informou o Diário Corumbaense. Márcia Rolon, diretora do Moinho Cultural Sul-Americano, lamentou a perda. “Hoje a cultura amanheceu sem o seu maior Mestre do Saber do Estado … Foram cem anos de histórias cantadas e dançadas em forma de siriri e cururu! Agora o nosso Mestre Seu Agripino irá poder ter força divina para sapatear e tocar a sua Viola de Cocho!”, postou ela em um perfil de rede social. A diretora ainda destacou que Magalhães foi um “grande parceiro” do Moinho Cultural, participando de atividades e ensinando a fabricação e afino da viola de cocho –instrumento que faz parte da história da região. “A perda para a cultura é imensa”, afirmou Márcia. SAIBA MAIS Pedido de demissão de Moro gera chuva de memes na internet 11h41 - 24/04/2020 Aliar internet com os livros é a melhor saída para manter hábito da leitura na quarentena 08h01 - 24/04/2020 Bonito deve retomar atividades em junho com descontos até o final do ano 07h01 - 24/04/2020 Maiara e Maraisa, Thiaguinho, Natiruts, Armandinho e mais lives nesta quinta 14h51 - 23/04/2020 Nascido em 11 de junho de 1918 em Poconé (MT), Agripino era considerado um dos ícones da cultura local e visto como o maior mestre cururueiro de Corumbá e Ladário, onde se instalou ainda jovem, aprendendo com o avô o ofício de cururueiro –tendo fabricado mais de 300 violas com os padrões e superstições que integram este Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro, como lembrado pelo Diário Corumbaense. Em 2017, Agripino recebeu pela segunda vez o título de Mestre da Cultura Popular do Ministério da Cultura. Também ganhou a Medalha Conceição dos Bugres da Assembleia Legislativa. Agripino se aposentou como estivador. Foi casado por 70 anos, teve 12 filhos e mais de 30 netos e bisnetos, nenhum deles ligado à arte do cururueiro –único artesão apto a fazer artesanalmente a viola de cocho, a partir de um tronco inteiro. O instrumento é o principal usado no cururu e no siriri, duas danças tradicionais do Pantanal. Por conta da pandemia de coronavírus, o velório durou duas horas no início desta tarde. O sepultamento deve ocorrer até as 16h, no Cemitério Santa Cruz.


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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.