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Quando se pensou construir um monumento a
Sheakspear, alguem teria dito :
Para que monumento a Sneakspear, se ele próprio constitui seu monumento e a Inglaterra o seu pedestal.
Para que monumento a Sneakspear, se ele próprio constitui seu monumento e a Inglaterra o seu pedestal.
Permitan-me apropriar desta idéia para a
afirmar que JUSCELINO corresponde ao seu verdadeiro monmento, enquanto Brasilia
represesnta o seu pedestal.
Brasília 60 anos:
como a realidade transformou a cidade idealizada
por Lúcio Costa e Niemeyer
Equipe de jornalismo visual da BBC News Brasil
Brasil
No final da década de 50, no meio de seu Planalto
Central, o Brasil construiria uma nova capital em apenas três anos.
]
Nas décadas seguintes, Brasília se tornaria o
principal símbolo da arquitetura modernista no mundo e a única cidade feita no
século 20 a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela
Unesco.
O compromisso de construir uma nova capital no
centro do país existia ao menos desde o século 17, mas só saiu do papel no
governo de Juscelino Kubitschek, em 1956.
"O plano no sentido nacional e estratégico,
tinha um objetivo simbólico e militar.
Era uma maneira de estimular a ocupação do interior
do Brasil, que até então se concentrava no litoral, e de ter uma capital mais
protegida de
eventuais ataques ou revoluções", disse à BBC
News Brasil o professor Antônio Carlos Carpintero, da Faculdade de Arquitetura
da Universidade de Brasília (UnB).
A simbologia, segundo Carpintero, era também
política.
Eleito após uma crise que levou ao suicídio do
presidente Getúlio Vargas e dividiu o país, Kubitschek transformou Brasília em
um símbolo de união nacional — uma capital central, que finalmente conectaria
todas as regiões do Brasil
A nova sede do governo, cuja construção era
chefiada pelo já famoso arquiteto modernista Oscar Niemeyer, deveria ser uma
cidade para o futuro, sem o legado colonial das antigas capitais, Salvador e
Rio de Janeiro.
Em 1957, um júri formado especialistas brasileiros
e estrangeiros escolheu o projeto do urbanista Lúcio Costa para o Plano Piloto,
como foi chamada a área original da capital. Considerado simples, mas cheio de
inovações, o planejamento incorporava as principais ideias da arquitetura
moderna, especialmente as do suíço-francês Le Corbusier, sobre como deveria
funcionar uma cidade. Em especial a concepção funcionalista de que uma cidade
deveria ser organizada em zonas de acordo com cada dos usos que as pessoas
fariam dela: habitar, circular, trabalhar e recrear.
Para Costa, Brasília não deveria ser apenas
"uma cidade moderna qualquer", mas um monumento que representasse sua
importância e organizasse a sociedade de maneira mais eficiente.
No entanto, a realidade mostrou rapidamente aos
idealizadores da nova capital que ela não funcionaria exatamente como o
planejado.
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