quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 

Café impede que alguns medicamentos funcionem?




Muita gente toma café todo dia – praticamente não consegue viver sem. 

Mas a maioria das pessoas raramente considera os efeitos colaterais da bebida, além de inquietação ou dificuldade em adormecer à noite.

Só que o café pode ter outras consequências em pessoas que tomam determinados medicamentos, seja bloqueando seus efeitos ou afetando a absorção de cafeína.

Em muitos casos, as interações são causadas pela cafeína, mas outros compostos no café também podem desempenhar um papel.

Estudos mostram que mais de uma dezena de medicamentos – desde antidepressivos até drogas para tireoide e osteoporose – podem ser afetadas pelo consumo de café.

Um estudo realizado em 2008, por exemplo, descobriu que pessoas que bebiam café pouco antes ou depois de tomar levotiroxina, um medicamento comum pra tireoide, tiveram uma redução de até 55% na absorção da droga.

Outros estudos descobriram que o café pode reduzir a absorção do alendronato (droga da osteoporose) em até 60%, e pode diminuir os níveis circulantes de estrogênio e outros hormônios em mulheres.

Alguns medicamentos podem aumentar os efeitos do café e de outras bebidas com cafeína. 

Um número destes medicamentos, incluindo alguns antidepressivos, antibióticos e anticoncepcionais, bloqueia uma enzima conhecida como CYP1A2, que ajuda a metabolizar a cafeína. 

Como resultado, a cafeína pode persistir no organismo por várias horas mais que o normal.

Um estudo mostrou, por exemplo, que mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais ficam com cafeína em seus sistemas quatro horas a mais do que as mulheres que não tomam a pílula. 

Ou seja, café não é água, não.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.