sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Tudo que você precisa saber sobre a dieta cetogênica 

Conhecida por benefícios como emagrecimento e melhora da performance física a dieta cetogênica não surgiu para essas finalidades, teve origem como mais uma ferramenta no tratamento de doenças neurológicas, a exemplo da epilepsia, onde a dieta é usada para reduzir a frequência de convulsões em crianças epilépticas. 

Através de estudos, ficou comprovada a eficácia desse estilo alimentar para uma variedade de condições de saúde, inclusive no tratamento de pessoas obesas. 

O médico nutrólogo André Guanabara explica que a dieta consiste na baixa ingestão de carboidratos e alto consumo de gorduras. 

“É um estilo de vida em que o organismo vai trabalhar de maneira diferente, transformando a gordura em energia e ao mesmo tempo restringindo o carboidrato. 

A alimentação é baseada em 60 a 90% de gordura, 10 a 30% de proteína e 10% de carboidratos”, completa. 

 A redução de carboidratos coloca o corpo no estado metabólico chamado de cetose, onde a gordura é a maior fornecedora de energia para o corpo, e com isso o organismo ganha mais eficiência na queima de gorduras. 

Além de tudo a dieta cetogênica também transforma gordura em cetonas no fígado, que podem fornecer energia para o cérebro. 

Existem diferentes tipos de dietas cetogênicas, a Padrão, a Cíclica e a de Alta Proteína. 

A primeira é baseada na ingestão de 5% de carboidratos, 20% de proteínas e 75% de gorduras. 

A segunda alterna períodos de uso e de restrição de carboidratos, os ditos 5 dias cetogênicos, seguidos de 2 dias de alta ingestão de carboidratos. 

A terceira dieta, é semelhante a uma dieta cetogênica padrão, mas inclui mais proteínas. 

A proporção é, muitas vezes, 60% de gorduras, 35% de proteínas e 5% de carboidratos. 

A hidratação é muito importante e essencial para essa 
dieta. 


OUVINTES

Os benefícios para a saúde, segundo o nutrólogo, são muitos, entre eles a eficácia na perda de peso e redução dos fatores de risco para várias doenças cardíacas, como a gordura corporal, níveis altos de HDL, pressão arterial alterada e açúcar no sangue. A dieta cetogênica está sendo utilizada também no tratamento de vários tipos de câncer e para retardar o crescimento tumoral. 

Segundo estudos, as pessoas que adotaram uma dieta cetogênica perderam 2,2 vezes mais peso do que se estivessem em uma dieta de baixa gordura com restrição calórica. 

Os níveis de triglicerídeos e colesterol HDL também melhoraram. 

Pesquisas também apontam que esse estilo alimentar pode reduzir os sintomas da doença de Alzheimer e retardar a progressão da doença, revela André Guanabara. 

Auxilia ajuda também amenizando os sintomas da doença de Parkinson e reduz os níveis de insulina, que desempenham um papel fundamental na síndrome do ovário policístico. 

A alimentação na dieta cetogênica é rica em: 

Carnes: carne vermelha, bife, presunto, bacon, frango e peru. 

Peixes gordos: salmão, truta, atum e cavala. Folhas: couve-manteiga. 

Ovos: prefira os orgânicos. 

Manteiga 


Queijos: cheddar, de cabra ou mussarela. 

Nozes e sementes: amêndoas, nozes, sementes de abóbora, sementes de chia etc. 

Óleos saudáveis: azeite extra-virgem, óleo de coco e óleo de abacate. 

Abacate: 70% da sua composição são de gorduras monossaturadas, além de conter vitaminas A, D e C. 

 Vegetais 

Low-Carb: a maioria dos vegetais verdes, tomates, cebolas, pimentas etc. 

Condimentos: pimenta do reino, açafrão, canela, várias ervas e especiarias saudáveis. 

 Alimentos que devem ser reduzidos e eliminados da dieta cetogênica: 

Alimentos açucarados: refrigerantes, suco de frutas, bolo, sorvete, doces etc. 

Grãos ou amidos: produtos à base de trigo, arroz, massas, cereais, etc. 

Frutas: banana, goiaba, maçã, melão, mamão etc. 

Leguminosas: ervilhas, feijões, lentilhas, grão-de-bico etc. 

Tubérculos: batata inglesa, batata doce, cenoura etc. 

Gorduras insalubres: óleos 
vegetais processados, maionese etc. 

Álcool: devido ao seu teor de carboidratos, muitas bebidas alcoólicas podem tirá-lo da cetose. 

 Para os adeptos a dieta cetogênica e até mesmo de outras dietas que permitem o consumo de gorduras boas uma dica muito válida é uso do coco e seus derivados, como o óleo de coco. 

Nos últimos anos, o coco tem sido considerado um dos melhores alimentos do mundo pela grande quantidade de benefícios, sendo o óleo de coco comparado até mesmo ao leite materno. 

A gordura desse alimento é muito termogênica e auxilia no emagrecimento. 

Quem pretende adotar esta dieta precisa solicitar um acompanhamento profissional. 

No início podem aparecer alguns efeitos colaterais, como falta de energia, dificuldade de concentração, sensação de fome, problemas de sono, náuseas, desconforto digestivo e queda do desempenho em atividades físicas. 

Uma dica é diminuir os carboidratos, aos poucos. 


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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.